sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O grito que preciso ouvir

É certo que a vida não precisa de compartimentos tão isolados assim. Às vezes, esquecemos de abrir as janelas para arejar e mais ainda de destrancar as portas. Tentamos evitar o barulho, a poeira, o sol que desbota, o vento que bagunça. E perdemos as cores, a beleza, o brilho, o contato. Ninguém entra, nada chega, tudo mantido intacto e sem vida, como um museu sem visitantes. Bem pior, não estancamos apenas aos olhos alheios, deixamos de transitar por nós mesmos. Enterramos talentos, potencialidades, criatividade, sensibilidade. Paramos, ao invés de fluir. É preciso um pouco de mistura, certa "confusão ordenada", para viver simples a nossa própria complexidade.

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