sábado, 31 de julho de 2010

Como os pássaros "aprendem" a voar?

É... por vezes, não há outra alternativa, senão pular, lançar-se em queda livre, para então experimentar de fato que Deus nos sustém e nos fará flutuar e subir nas asas do vento.

E pode doer ao limite, sim, estremecer demais...

... é certo, porém: valerá a pena esperar, confiar e então compreender, no íntimo, que esse exato momento, de profundo vazio abaixo dos pés, mas de absoluta dependência e confiança, foi a experiência mais importante e renovadora de toda uma vida.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Questão de perspectiva


Penso que, por vezes, Deus nos vê assim. Estranho mesmo é perceber que ficamos tristes ou aborrecidos quando ele toma de nós o "brinquedo" e corta a "diversão".

Nada a dizer, senão "obrigada"!


segunda-feira, 26 de julho de 2010

E um dia então nos encontramos, mas desconheço de fato quando foi que partimos...

E você me olhou pela primeira vez, como se do seu olhar eu pudesse algum dia ter esquecido...

domingo, 25 de julho de 2010

Ainda ...

O silêncio me cobriu por inteiro.

Se o vejo como um manto escuro, denso, sufoco, e fico à procura da borda, para suspendê-lo e respirar aliviada.

Se o vejo como manta suave em dia de inverno, aconchego, e puxo mais um pouquinho até envolver todo o corpo.

Sei que as mudanças silenciosas são as mais profundas, enraizadas, que tocam as entranhas e alteram os rumos em definitivo. O problema é flagrar-se no meio do caminho quando ainda não há bússola apontando a direção exata.

Exigir do silêncio, feito para ser silêncio, que pronuncie urgentemente a sua lógica é quase tão absurdo quanto querer engarrafar o vento.

sábado, 17 de julho de 2010

Poeminha de um amor assim....

Eu quero, como dizia Cazuza, apenas a sorte de um amor tranquilo, vivo e apaixonado. Amar e sê-lo de volta, amor-dado.

Um laço de alma e corpo. E corpo quente, como não?

Feito de momentos e detalhes, gestos e sintonia. Estrada aberta para surpresas, às vezes, lágrimas, nem só de alegria.

Que se alimente do prazer de dividir o passo, mostre-se certo o caminho ou, meia-volta, tudo errado!

Que venha de querer estar junto e também sentir saudade... respeitar pausas, crescer sem pressa e viver cada idade.

Que se encha de cumplicidade, desejo, ternura.

Na estranha equação de dois em um, colecione boas memórias desta vida partilhada com tudo quase ou muito em comum.

Que sejam as lembranças tesouros, talhados pelo tempo na gente, capazes de mover a outra milha quando as pedras surgirem à frente.

De tanto sentido transborde, que as mãos estenda além. Guarde a fé e lá no fundo o lugar de onde brota, a fonte que o sustém.

E por ser imperfeito, desejo-o também intenso, sincero a ponto de sempre mais ter. Para que vivo lute e nunca nunca desista de sorrir-sonhar, recomeçar e ser prazer.

Exagerei?

sábado, 10 de julho de 2010

Pela janela do meu silêncio...

O constante diálogo - Carlos Drummond de Andrade

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
o semelhante
o diferente
o indiferente
o oposto
o adversário
o surdo-mudo
o possesso
o irracional
o vegetal
o mineral
o inominado

Diálogo consigo mesmo
com a noite
os astros
os mortos
as idéias
o sonho
o passado
o mais que futuro

Escolhe teu diálogo
e
tua melhor palavra
ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ah, essa minha intansiedade

Em meio a reflexões necessárias, tuitaram uma frase: "Outra coisa que penso quando me lembro daquelas uvas cor-de-rosa é que, na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer".

E foi em cheio...

Porque o dia terminou assim, com uma lição: melhor é não ansiar tanto pelo todo, apreciar mais as incompletudes; o todo, de fato, é apenas a projeção do que também será parcial, porque assim somos e a dinâmica da vida é agregadora. Portanto, "mente efusiva", diante das lacunas [e sempre haverá], se possível, aquiete-se. Enquanto não, procure pelo menos recheá-las de bons pensamentos.

Espera amadurecer, espera o doce natural, espera o melhor!

Sigo aprendendo... obrigada!