O silêncio me cobriu por inteiro.
Se o vejo como um manto escuro, denso, sufoco, e fico à procura da borda, para suspendê-lo e respirar aliviada.
Se o vejo como manta suave em dia de inverno, aconchego, e puxo mais um pouquinho até envolver todo o corpo.
Sei que as mudanças silenciosas são as mais profundas, enraizadas, que tocam as entranhas e alteram os rumos em definitivo. O problema é flagrar-se no meio do caminho quando ainda não há bússola apontando a direção exata.
Exigir do silêncio, feito para ser silêncio, que pronuncie urgentemente a sua lógica é quase tão absurdo quanto querer engarrafar o vento.
Saindo da inércia
Há 7 anos

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